ESTRESSE
PARTE 2
Introdução
Com esta postagem, concluímos a abordagem dos
mecanismos neuro-hormonais relacionados a imunidade, necessários para o
entendimento da relação deste processo com campo
de energia humana, que será objeto das próximas publicações sobre o tema
Na última postagem, concluímos nossa exposição,
apresentando o Eixo Hipotálamo-Hipofisário-Adrenal
(EHHA) como sendo a principal via de expressão das alterações
fisiológicas promovidas pelo Estresse.
A seguir relembraremos, de forma esquemática a participação das principais
estruturas envolvidas na resposta do organismo ao estresse:
Apesar
do estresse prejudicar o conjunto da produção hormonal da Adrenal alterando amplamente
o metabolismo corporal, os estudos demonstram que o cortisol é o principal responsável pela imunodepressão ocorrida
nesta situação, portanto em função do objetivo desta publicação, será o hormônio
a ser destacado na exposição seguir.
Efeito do estresse sobre a imunidade
Nas situações de estresse, o Eixo Hipotálamo-Hipofisário-Adrenal
(EHHA) é ativado por agentes estressores que
levam a liberação do hormônio Corticotrofina
(CRH) pelo hipotálamo), estimulando assim, a síntese e secreção de Adrenocorticotrofina (ACTH) pela
hipófise que através da corrente sanguínea vai atuar na glândula Adrenal, proporcionando a síntese e
liberação de seus hormônios específicos que vão se responsabilizar pela expressão dos principais efeitos do
estresse.
Todos hormônios produzidos pelas Adrenais são essenciais a vida, porém , no caso de um
descarga excessiva e continuada desses hormônios como ocorre no estresse
crônico, tais alterações contribuirão para o aparecimento de doenças como
patologias cardiovasculares (arteriosclerose,
hipertensão, acidente vascular cerebral, enfarto do miocárdio), metabólicas (diabetes), gastrointestinais (gastrite, úlceras,
colite), distúrbios do crescimento
(nanismo psicogênico) ósseas
(osteoporose), reprodutivas
(impotência, amenorréia, aborto espontâneo), reumáticas (lúpus, artrite reumatóide), depressão, e baixa imunidade
com a consequente vulnerabilidade a infeções por vários tipos de agentes
patogênicos (herpes labial, gripes e resfriados e câncer.
Pelo quantidade e diversidade de doenças citadas acima percebe-se a importância
da adrenal para o funcionamento saudável do nosso organismo e as possíveis
implicações das perturbações de seu funcionamento nos casos de estresse crônico
O estudo tem revelado
que os eventos estressante quer físicos (atividades extenuantes) quer
psicológicos geram um estado de imunossupressão. Apesar das
evidencias da influência depressora sistema nervoso simpático sobre a
imunidade, através da descarga excessiva e continua de adrenalina e noradrenalina,
o cortisol produzido pelas glândulas
suprarrenais após a ativação do eixo HHA,
é o principal responsável por esta
imunossupressão.
O cortisol é um
glicocorticoide importante para o equilíbrio metabólico e energético do
organismo e ainda influencia no funcionamento do sistema nervoso autônomo, por
tudo isso é considerado um hormônio
chave do estresse. Em situação de estresse crônico a excessiva a permanente
liberação de cortisol na corrente sanguínea produz serias perturbações
fisiológicas fragilizando a imunidade contribuindo para o surgimento de uma
série de distúrbios psicológicos, perturbações do sono, fadiga crônica e
doenças tais como diabetes e hipertensão.
O
estudo tem revelado que o aumento
excessivo de cortisol, deprime as defesas mediadas por anticorpos, células NK e linfócitos T e ainda reduz a produção de ocitocinas responsáveis pela ativação e
diferenciação dessas células, se constituindo no principal causador da imunossupressão. Ou seja, no estresse
crônico, os níveis de cortisol elevados, fragilizam o sistema imunitário
deixando o organismo mais suscetível a infecções, doenças autoimunes e câncer.
O
propósito desta incursão na fisiologia neuro-endócrina, foi esclarecer ao nosso
leitor, como a tensão emocional é
convertida em impulsos nervosos, que
promovem alterações na secreção hormonal
e consequentemente modificações na
fisiologia corporal e em especial sobre o sistema imunitário. Consideramos ainda,
que estas informações são importantes, para que as pessoas possam dar a devida
atenção ao controle do estresse procurando assumir atitudes que venham a
fortalecer sua imunidade, especialmente agora nesta terrível crise gerada pela
COVID 19, em que ainda não se descobriram os instrumentos precisos de prevenção
e controle desta enfermidade. Na próxima seção abordaremos a questão da Energia
Vital. Até lá!
Dr.
Luiz Hermínio
.
Ótimo texto, mesmo sendo necessário ter alguns conceito técnicos na postagem, o leitor, principalmente os leigos, consegue entender a mensagem expressa no estudo divulgado. Parabéns ao autor, pela forma e conteúdo tão importante.
ResponderExcluirObrigado Alberto pelo prestígio da atenção abraços
ExcluirMais um didático texto que explica como o estresse crônico influência o perfil neuro-hormonal e consequentemente a função imune.Parabens
ResponderExcluirObrigado Herminio. Abraços
ExcluirParabéns! Admirável contexto, explica tudo um amplo, assunto para quem tinha dúvidas.
ResponderExcluirObrigado. Grande Abraço
ResponderExcluirÓtimos esclarecimentos para .nós leigos.Obrigada.Um saudoso abraço.
ResponderExcluirObrigado. Grande abraço
ExcluirDr.Hermínio, mais um texto instigante que nos desafia ao controle da tensão emocional.
ResponderExcluirTer consciência do equilíbrio das emoções é, sem dúvida, importante e salutar.
Muito grato, mais uma vez.
Abraços