Imunidade
Parte
2
Estrutura e Regulação do Sistema Imunitário
2.1 Considerações
preliminares
Em
primeiro lugar, gostaríamos de esclarecer que esta é a terceira postagem
relativa ao tema “Imunidade, estresse e
energia vital”. Aqueles que não viram os primeiros textos ou quiserem revê-los,
basta clicar sobre o ícone no topo da
aba direita, que serão conduzidos à uma página com todos as postagens
publicadas até agora sobre este tema.
Em
segundo lugar, queremos esclarecer que nos permitimos enfrentar o
desafio, de manter o interesse de vocês pela leitura integral do texto,
motivado pela convicção de que, se não
entendermos as raízes do problema não teremos condições de solucioná-lo. Ou
seja, aqueles que acreditam que são
apenas um corpo físico, só uma solução material poderá resolver suas
inquietações. Mas, para os que acreditam que, em essência são um corpo
energético/espiritual, em interação constante com o universo, uma mudança
de atitude poderá contribuir para a restauração do equilíbrio/corpo/mente
/espírito e preservar ou restaurar a saúde. Esta é a nossa linha de pensamento
e a fundamentação da nossa busca através dessas publicações.
Acreditamos,
que pensamentos, sentimentos e atitudes são expressão de energia e que se forem
negativas podem nos matar e se positivas nos salvar. Portanto é importante entendermos como estes
processos subjetivos se materializam e modificam o funcionamento do nosso
corpo, produzindo saúde ou doença. Assim pedimos que leiam com atenção o texto
a seguir com o desejo de entender o mecanismo como as emoções se convertem em
impulsos nervosos, que acionam glândulas, que descarregam hormônios na corrente
sanguínea e que modificam o funcionamento do nosso corpo. É uma preparação para
entendimento da próxima postagem “O estresse”. Não se preocupem em gravar os nomes dos elementos que citaremos mas
procurem atentar para o mecanismo envolvido nesta transformação. Vamos lá!
2.2
- A estrutura do sistema imunológico
O
sistema responsável pela defesa do organismo é chamado de sistema imunológico. É um sistema complexo que envolve uma série de
órgãos, células e moléculas que
atuam de forma coordenada para identificar, inativar ou destruir estes agentes
e também células estranhas, danificadas ou mutantes, nos protegendo contra
vários tipos de infecções e também contra o câncer. O sistema imune é capaz de
diferenciar as células do próprio corpo daquelas invasoras, entretanto, em
algumas situações, ele pode reagir contra o próprio corpo, desencadeando doenças autoimunes.
Os
órgãos que participam do sistema imunitários são classificados em primários e secundários. Os primários são aqueles responsáveis pela produção
e preparação das células sanguíneas de combate, os linfócitos B e T e compreendem a medula óssea e o timo. Os
secundários são órgãos linfoides espalhados pelo corpo, onde estas células estendem
as suas ações, incluindo baço, amígdalas e gânglios linfáticos dentre outros.
A medula
óssea, é um tecido esponjoso mole localizado existente no
interior dos ossos, onde são produzidas as células sanguíneas: Eritrócitos,
Leucócitos e Plaquetas. Os leucócitos são células que participam na defesa do
organismo e são classificados em três tipos:
granulócitos, monócitos e linfócitos. Os linfócitos se destacam na manutenção da imunidade e se classificam
em três tipos: as células B e T e
células NK
O Timo, é uma glândula localizada no centro da cavidade torácica que funciona como centro de capacitação dos linfócitos T, se constituindo em um dos pilares do sistema imunológico ao lado da
medula óssea e glândulas adrenais como veremos adiante.
O componente celular do
sistema imunitário corresponde aos linfócitos B e T, e as células
acessórias e reguladoras funcionais. Já o componente molecular
é formado pelas imunoglobulinas ou anticorpos, produzidas pelos plasmócitos,
que são células resultantes da diferenciação dos linfócitos B, quando
sensibilizados por algum antígeno. Podemos distinguir pelo menos cinco tipos de imunoglobulinas: IgG, IgA,
IgM, IgD e IgE.
Os
anticorpos ao se ligarem aos antígenos, deflagram uma cadeia processos visando
a destruição do agente invasor que incluem um importante sistema de defesa, o sistema de complemento que compreende um conjunto de proteínas
séricas, sintetizadas principalmente no fígado e que ao serem ativadas
interagem sequencialmente provocando diferentes efeitos biológicos, entre os
quais destacamos a indução de reações inflamatórias.
Os linfócitos B são os responsáveis por garantir a chamada imunidade humoral, após interagir com o
antígeno é transformado em plasmócito e passam a produzir anticorpos
específicos contra aquele
agente estranho, guardando na sua constituição a memória imunitária. Assim se
organismo for novamente agredido pelo mesmo antígeno, essas células são capazes de reagir rápida e eficazmente
evitando a progressão da infecção ou limitando a sua gravidade.
Os linfócitos T migram da medula
óssea, onde foram produzidos, em direção ao timo onde
sofrem o processo de maturação e diferenciam-se em 3 tipos de células:
células T helper, T citotóxica e T supressora .
Os linfócitos T helper (auxiliares)
contribuem para a diferenciação dos linfócitos B em plasmócitos, sendo,
portanto, importantes para a produção de anticorpos.
Os linfócitos T citotóxicos são
os responsáveis pela destruição das células estranhas.
Já Os linfócitos T supressores são imprescindíveis
para a finalização do processo de produção de anticorpos.
O timo produz um hormônio chamado tirosina que tem um importante papel modulador na ação das celulas T
As células NK, tem essa denominação por representar as
iniciais da expressão “natural killler”, ou seja, são células
matadoras naturais, fazem parte do sistema imune inato. Essas células são
capazes de distinguir e destruir células infectadas ou tumorais sem necessidade
de estímulo específico. Trata-se, portanto, de uma resposta imunitária inespecífica, diferentemente dos
linfócitos T e B, que produzem respostas em decorrência da ação de determinados
antígenos.
2.3
Regulação do Sistema Imunológico
Além
das citocinas produzidas por células
sanguíneas e da timosina produzida
pelo Timo, participam da modulação do estado funcional das células do sistema
imunológico elementos integrantes de outros sistemas sobretudo o sistema nervoso e o endócrino. Foge aos
objetivos deste texto explicitar os mecanismos de ação destes sistemas, mas tão
somente destacar a sua interação na regulação do processo imunitário. Todavia
cabe aqui ressaltar que vários fatores são capazes de modificar o comportamento
do sistema imunológico tais como a
idade, fatores psicológicos (estresse e
psicoses), nutricionais, ambientais genéticos, metabólicos e anatomofisiológicos.
É interessante frisar também que o apogeu funcional do sistema imunológico acontece
em torno da adolescência, e decai ao longo de vida fazendo com que os idosos se
tornem mais vulneráveis aos ataques infecciosos. Na próxima postagem
abordaremos o estresse e suas influências sobre a imunidade. Até lá
Excelente texto! Altamente elucidativo e oportuno. Estou apreciando muito essas leituras.
ResponderExcluirObrigado Andréa pelo incentivo
ResponderExcluirParabéns Dr Luiz Hermínio pela iniciativa! Mesmo sendo um conteúdo técnico, será de grande valia para disseminação do conhecimento,inclusive para leigos como eu, pela forma pedagógica e objetiva, como o tema foi abordado.
ResponderExcluirObrigado. Grande abraço
ResponderExcluirObrigado grande abraço
ResponderExcluirExcelente texto, que apresenta de forma exata,e didática, os atores do sistema imune. Parabens ao autor e os leitores pelo privilegio da leitura
ResponderExcluirMaravilha !! " Sim pensamentos, sentimentos e atitudes são expressão de energia e que se forem positivas podem nos salvar".Vamos vibrar !!
ResponderExcluirObrigado Eugenia. Um afetuoso abraço
ResponderExcluirExcelente texto, didático e bastante elucidativo.
ResponderExcluirObrigado Fátima. Bjs
ResponderExcluirParabéns excelente texto
ResponderExcluirGostei bastante. Este trabalho está nos ajudando a compreender dinâmica de nosso organismo e a influência dos pensamentos em nosso corpo . Muito obrigado. Parabéns .
ResponderExcluir