quarta-feira, 17 de junho de 2020


Imunidade
Parte 2
Estrutura e Regulação do Sistema Imunitário

2.1 Considerações preliminares

Em primeiro lugar, gostaríamos de esclarecer que esta é a terceira postagem relativa ao tema “Imunidade, estresse e energia vital”. Aqueles que não viram os primeiros textos ou quiserem revê-los, basta clicar sobre o ícone no topo da aba direita, que serão conduzidos à uma página com todos as postagens publicadas até agora sobre este tema.
Em segundo lugar, queremos esclarecer que nos permitimos enfrentar o desafio, de manter o interesse de vocês pela leitura integral do texto, motivado pela convicção de que, se não entendermos as raízes do problema não teremos condições de solucioná-lo. Ou seja, aqueles que acreditam que são apenas um corpo físico, só uma solução material poderá resolver suas inquietações. Mas, para os que acreditam que, em essência são um corpo energético/espiritual, em interação constante com o universo, uma mudança de atitude poderá contribuir para a restauração do equilíbrio/corpo/mente /espírito e preservar ou restaurar a saúde. Esta é a nossa linha de pensamento e a fundamentação da nossa busca através dessas publicações.
Acreditamos, que pensamentos, sentimentos e atitudes são expressão de energia e que se forem negativas podem nos matar e se positivas nos salvar. Portanto é importante entendermos como estes processos subjetivos se materializam e modificam o funcionamento do nosso corpo, produzindo saúde ou doença. Assim pedimos que leiam com atenção o texto a seguir com o desejo de entender o mecanismo como as emoções se convertem em impulsos nervosos, que acionam glândulas, que descarregam hormônios na corrente sanguínea e que modificam o funcionamento do nosso corpo. É uma preparação para entendimento da próxima postagem “O estresse”. Não se preocupem em gravar os nomes dos elementos que citaremos mas procurem atentar para o mecanismo envolvido nesta transformação. Vamos lá!

2.2 - A estrutura do sistema imunológico
O sistema responsável pela defesa do organismo é chamado de sistema imunológico. É um sistema complexo que envolve uma série de órgãos, células e moléculas que atuam de forma coordenada para identificar, inativar ou destruir estes agentes e também células estranhas, danificadas ou mutantes, nos protegendo contra vários tipos de infecções e também contra o câncer. O sistema imune é capaz de diferenciar as células do próprio corpo daquelas invasoras, entretanto, em algumas situações, ele pode reagir contra o próprio corpo, desencadeando doenças autoimunes.
Os órgãos que participam do sistema imunitários são classificados em primários e secundários. Os primários são aqueles responsáveis pela produção e preparação das células sanguíneas de combate, os linfócitos B e T e compreendem a medula óssea e o timo.  Os secundários são órgãos linfoides espalhados pelo corpo, onde estas células estendem as suas ações, incluindo baço, amígdalas e gânglios linfáticos dentre outros.
  A medula óssea, é um tecido esponjoso mole localizado existente no interior dos ossos, onde são produzidas as células sanguíneas: Eritrócitos, Leucócitos e Plaquetas. Os leucócitos são células que participam na defesa do organismo e são classificados em três tipos:   granulócitos, monócitos e linfócitos. Os linfócitos se destacam na manutenção da imunidade e se classificam em três tipos: as células B e T e células NK
O Timo, é uma glândula localizada no centro da cavidade torácica que funciona como centro de capacitação dos linfócitos T, se constituindo em um dos pilares do sistema imunológico ao lado da medula óssea e glândulas adrenais como veremos adiante.
         O componente celular do sistema imunitário corresponde aos linfócitos B e T, e as células acessórias e reguladoras funcionais. Já o componente molecular é formado pelas imunoglobulinas ou anticorpos, produzidas pelos plasmócitos, que são células resultantes da diferenciação dos linfócitos B, quando sensibilizados por algum antígeno. Podemos distinguir pelo menos cinco tipos de imunoglobulinas: IgG, IgA, IgM, IgD e IgE.
Os anticorpos ao se ligarem aos antígenos, deflagram uma cadeia processos visando a destruição do agente invasor que incluem um importante sistema de defesa, o sistema de complemento que compreende um conjunto de proteínas séricas, sintetizadas principalmente no fígado e que ao serem ativadas interagem sequencialmente provocando diferentes efeitos biológicos, entre os quais destacamos a indução de reações inflamatórias.
Os linfócitos B são os responsáveis por garantir a chamada imunidade humoral, após interagir com o antígeno é transformado em plasmócito e passam a produzir   anticorpos específicos contra aquele agente estranho, guardando na sua constituição a memória imunitária. Assim se organismo for novamente agredido pelo mesmo antígeno, essas células são capazes de reagir rápida e eficazmente evitando a progressão da infecção ou limitando a sua gravidade.
Os linfócitos T migram da medula óssea, onde foram produzidos, em direção ao timo onde sofrem o processo de maturação e diferenciam-se em 3 tipos de células: células T helper, T citotóxica e T supressora .

Os linfócitos T helper (auxiliares) contribuem para a diferenciação dos linfócitos B em plasmócitos, sendo, portanto, importantes para a produção de anticorpos.
Os linfócitos T citotóxicos são os responsáveis pela destruição das células estranhas.
Já Os linfócitos T supressores são imprescindíveis para a finalização do processo de produção de anticorpos.

O timo produz um hormônio chamado tirosina que  tem um importante  papel modulador na ação  das celulas T

     As células NK, tem essa denominação por representar as iniciais da expressão “natural killler”, ou seja, são células matadoras naturais, fazem parte do sistema imune inato. Essas células são capazes de distinguir e destruir células infectadas ou tumorais sem necessidade de estímulo específico. Trata-se, portanto, de uma resposta imunitária inespecífica, diferentemente dos linfócitos T e B, que produzem respostas em decorrência da ação de determinados antígenos.

2.3 Regulação do Sistema Imunológico

Além das citocinas produzidas por células sanguíneas e da timosina produzida pelo Timo, participam da modulação do estado funcional das células do sistema imunológico elementos integrantes de outros sistemas sobretudo o sistema nervoso e o endócrino. Foge aos objetivos deste texto explicitar os mecanismos de ação destes sistemas, mas tão somente destacar a sua interação na regulação do processo imunitário. Todavia cabe aqui ressaltar que vários fatores são capazes de modificar o comportamento do sistema imunológico tais como a idade, fatores psicológicos (estresse e psicoses), nutricionais, ambientais genéticos, metabólicos e anatomofisiológicos. É interessante frisar também que o apogeu funcional do sistema imunológico acontece em torno da adolescência, e decai ao longo de vida fazendo com que os idosos se tornem mais vulneráveis aos ataques infecciosos. Na próxima postagem abordaremos o estresse e suas influências sobre a imunidade. Até lá




12 comentários:

  1. Excelente texto! Altamente elucidativo e oportuno. Estou apreciando muito essas leituras.

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  2. Parabéns Dr Luiz Hermínio pela iniciativa! Mesmo sendo um conteúdo técnico, será de grande valia para disseminação do conhecimento,inclusive para leigos como eu, pela forma pedagógica e objetiva, como o tema foi abordado.

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  3. Excelente texto, que apresenta de forma exata,e didática, os atores do sistema imune. Parabens ao autor e os leitores pelo privilegio da leitura

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  4. Maravilha !! " Sim pensamentos, sentimentos e atitudes são expressão de energia e que se forem positivas podem nos salvar".Vamos vibrar !!

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  5. Excelente texto, didático e bastante elucidativo.

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  6. Gostei bastante. Este trabalho está nos ajudando a compreender dinâmica de nosso organismo e a influência dos pensamentos em nosso corpo . Muito obrigado. Parabéns .

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