A COVID 19 e os riscos
de uma pane mental
Tem
horas que não temos disposição para nada. Parece que nossa máquina biológica
trava. Não temos ânimo nem para nos divertir quanto mais para trabalhar. Outras
vezes, menos frequentemente, acordamos com uma inusitada disposição para fazer
alguma atividade recreativa ou laboral. E nas duas situações opostas, na
maioria das vezes não identificamos um motivo concreto para explicar a nossa
mudança emocional, o que nos leva a suspeitar que a causa daquelas alterações seja
de caráter subjetivo.
Mesmo
aqueles que não são experts em estudos da mente humana, vão compreender a
partir da análise das situações descritas acima, que existe algo vivo em nossa
mente, que alterna sua força como o comportamento do oceano, ora maré alta ora
maré baixa, em consequência das mudanças energéticas que acontecem ciclicamente
no universo. Este raciocino está em sintonia com a tese de que o microcosmo funciona tal qual o macrocosmo. Os
dois estão submetidos às mesmas leis e reagem de forma semelhante, embora cada
um à sua maneira. Assim os momentos de maremoto e de calmaria que temos
conhecimento ocorrerem no oceano também se reproduzem em nós. Nesta linha de
raciocínio podemos deduzir que as alterações de disposição para o enfrentamento
da nossa labuta diária, descritas no início desse texto são decorrentes de alterações
no nosso campo de energia.
Neste particular, é importante esclarecer que
nós não somos apenas um corpo físico, em verdade nós somos um conjunto de complexos campos de energia em constante
interação com o universo, conhecido popularmente com aura. A força da aura funciona para nosso corpo, no
sentido figurado, como as fases de energia de uma casa. Quando uma fase cai, os
aparelhos funcionam mal e se o problema persistir eles sofrem deterioração. Da
mesma forma quando nossa aura expressa em sua plenitude, o brilho da nossa
centelha de luz divina, nós sentimos a pujança da nossa força criativa para
enfrentar o que der e vier. E quando por algum motivo nossa aura se acha
embotada pela presença de várias áreas sombrias, nós perdermos força para
enfrentar as adversidades da vida.
A
questão que se coloca aqui então, é entendermos o que provoca essa alteração no
nosso campo de energia. É o que vamos tentar explicar agora de forma resumida. O campo de energia humano, de uma forma
simplificada é constituído de quatro dimensões principais: o corpo físico,
mental emocional e espiritual. Estes corpos são expressões de energia, cada
um em sua faixa vibratória especifica, a mais baixa é o físico e a mais elevada
é a espiritual.
Pensamento, sentimentos e atitudes são
formas de expressão energética. Se em nossa pratica diária, não
identificamos atitudes capazes de gerar algum tipo de preocupação, remorso ou
culpa, então o desequilíbrio energético responsável pelo nosso mal-estar deve
decorrer de alguma perturbação no campo mental ou emocional. Como por exemplo, um conflito ente o pensar e o sentir poderia ser a
razão do nosso sofrimento. Não pretendo aqui me aprofundar na análise das
prováveis causas do mal-estar, mas sim abordar de forma sintética o mecanismo
responsável por ele, para que possamos tentar evitá-lo. Nesta perspectiva vou usar com referência a atual
tensão gerada pela COVID -19, para ilustrar como as informações alarmantes, e
desencontradas exaustivamente divulgadas pela mídia podem perturbar nosso
equilíbrio psicofísico.
Se
valorizarmos a lógica dos acontecimentos atuais, aqueles que estão cumprindo
rigorosamente as recomendações da OMS na prevenção da COVID- 19, apesar do noticiário
alarmante, poderiam permanecer tranquilos. E se olhassem ao seu em torno e percebessem
que os seus familiares também estavam tendo a mesma conduta e estavam todos saudáveis,
todos teriam razões suficientes para se manterem num bom estado de espírito,
apesar das carências afetivas do
isolamento. Entrariam num estado de gratidão a Deus por estarem bem, e poderiam
então escolher, para preencher o tempo em afastamento social, entre escutar uma música agradável, ler um bom livro,
assistir uma boa “live”, fazer uma meditação e com muito mais propriedade orar
por aqueles que estão enfrentando sofrimentos maiores que os nossos na atual crise da COVID-19. Este cenário, seria
capaz de manter o nosso campo energético num padrão vibratório mais elevado,
nos tornando mais resistentes aos ataques do coronavírus, além de nos manter
serenos e com um bom astral mesmo diante as atuais adversidades.
Ocorre que a noite, ao ligar a TV, vamos
imergir de cabeça e alma num “velório
universal” com requintes de crueldade. A primeira notícia que vamos tomar
conhecimento, em tom alarmante, é que o número de mortes em nosso país e no
mundo aumentou significativamente. Depois vamos tomar ciência das mortes mais
chocantes ocorridas no país. Em seguida vamos ser informados nos mínimos detalhes do enredo da morte de
alguns portadores do coronavirus desde a internação até o sepultamento. Vamos
tomar conhecimento da precariedade das instalações hospitalares onde o paciente
ficou interno. Vamos também ouvir a justificada
lamúria dos abnegados profissionais de saúde pela falta de condições para
salvar aquela vida. Depois vamos conhecer as valas onde vão ser sepultados
mortos e na sequência vamos ter acesso as entrevistas dos familiares
traumatizadas com as perdas fatais, onde os repórteres vão tentar captar com
máximo de fidedignidade a dor das suas emoções.
Infelizmente o nosso sofrimento psíquico não
para por aí, pois no próximo bloco, a funesta narrativa se repete, ao reprisar
o mesmo drama vivido por outra família, com uma reportagem similar a
anteriormente descrita, agora focalizando outra região do nosso País. Depois de
cobrir as várias regiões do nosso Pais onde acontecerem mortes trágicas, o
jornal agora vai vasculhar no mundo os acontecimentos mais chocantes para
divulgar nos seus mínimos detalhes. Tudo
isso em nome de um “jornalismo verdadeiro e competente que coloca o ouvinte em
contato com a pura realidade do que está acontecendo no Mundo”. Eles devem ter
suas razões de caráter profissional ou quem sabe de outras ordens para atuarem
assim. Mas o fato é que, depois de quase duas horas desse bombardeio com notícias
profundamente tristes, saímos arrasados
do “velório universal” com uma
“bolha de energia enorme” pulsante em nossa mente ameaçando explodir. Então,
rezamos para Deus nos ajudar a conciliar o sono, mas não conseguimos êxito,
amanhecemos o dia cansados do
bombardeiro das forças ocultas negativas em nossa mente, prejudicando nossa
performance durante o dia e diminuindo nossa imunidade.
Portanto, temos que respeitar os nossos limites
para suportar sofrimentos, que se ultrapassados podem causar a pane mental, a
depressão e nos casos mais graves o suicídio. Ou seja, temos nossas razões de sobra para
filtrar, a bem da preservação do nosso equilíbrio psicoemocional, as
informações que devemos absorver de um noticiário alarmante e contraditório.
Nesta perspectiva, eu me permito sugerir
que busquem assistir um jornal mais
objetivo, menos alarmante, e mesmo assim quando anunciarem a manchete de uma
cena chocante, anulem o som ou mudem de
canal , estas cenas não acrescentam nada a nossa em capacidade de enfretamento da COVID 19, pelo contrário
nos enfraquecem, e vou um pouco mais além,
proponho que ouçam o jornal em
dias alternados, vocês não perderão nada, vão ficar apenas desatualizados com relação ao
número de casos de mortes causadas pelo coronavirus no Brasil e no mundo. Por outro lado, estarão evitando uma
sobrecarga mental nociva com consequências altamente negativas para sua saúde
física e psíquica.
Excelente texto para que cada um reflita, e identifique o que é realmente importante para nós.
ResponderExcluirObrigado Alberto pela atenção dada ao texto. Grande abraço
ExcluirUma benção esse texto, ja tenho feito uma filtragem em reportagens q ñ me fazem bem e agora mais ainda com todo seu aconselhamento científico! Jesus abençoe a nós todos!
ResponderExcluirObrigado fico feliz por você ter captado o sentido do texto. Abracos
ExcluirTexto bastante oportuno para o momento, nós dá suporte para melhor absorver toda essa problemática, criando outras saídas para aliviarmos tamanho sofrimento.
ResponderExcluirÉ por aí. Temos que nos proteger e buscar a superação nos momentos de crise. Obrigado. Abracos
ResponderExcluirSempre querido Dr. Hermínio, parabéns por mais um instigante e reflexivo texto. O oportuno material nos ajuda a entender o comportamento de nossas energias, sobretudo, com a feliz analogia do "comportamemto do oceano". Estupendo!
ResponderExcluirSe me permite, acrescentaria mais um momento fatídico que nos bombardeia a mídia das nossas terras: as narrativas dos fatos caóticos dos políticos tupiniquins. Eis, na minha humilde forma de ver o mundo, mais um motivo que ajuda a desequilibrar nossas energias pelo fato de não visualizarmos perspectivas positivas para esse nosso historicamente sofrido País. Além disso, as ações desses malfeitores, em sua maioria, corrobora com o sofrimento de todos nós, infelizmente.
Registro, na oportunidade, minha satisfação em poder ler texto tão importante neste momento no qual estamos passando.
Um sempre saudoso abraço.
Paulo Heimar
Obrigado meu amigo Paulo pelo seu comentário, sempre muito importante para o meu aprimoramento. Grande abraço
ResponderExcluirDr.Luz Herminio parabéns é uma reflexão muito boa explicativa compreensível e oportuna.Vou começar compartilhar para nós ajudar a colocar os pés no chão. Deus o proteja com mais sabedoria.Eu entendo dessa forma.
ResponderExcluirObrigado pela atenção. Grande abraço
ResponderExcluir"Pensamentos, sentimentos e atitudes são formas de expressão energética". Cuidemos com muita atenção do nosso pensar, sentir e agir, nesses tempos de complexos desafios. Nos cuidar para sobreviver. Excelentes reflexões, adorei o texto! Bjs irmão, Andréa
ResponderExcluirObrigado Andrea. Grande abraço
ExcluirExcelente texto.Aborda o esvaziamento espiritual provocado por um jornalismo fúnebre e mórbido. Vamos alternar o dia do noticiário.Parabens.
ResponderExcluirE isso aí Herminio. É um recurso para nossa autoproteção. Abracos
ExcluirBom dia Dr.Herminio
ResponderExcluirSou sergipano de Tobias Barreto, mas moro em Salvador BA.
Achei bastante esclarecedor seu texto. Confesso que que esses noticiários macabros começavam a me deixar " pra baixo". Felizmente um amigo aí de Aracaju compartilhou seu texto e de agora em diante, vou procurar preencher esse tempo ocioso da quarentena com amenidades.Obrigado Saúde e Paz
Alô meu conterrâneo obrigado pela atenção a meu texto,fico feliz de poder dar minha modesta contribuição para diminuir o sofrimento dos meus semelhantes neste momento de crise. Grande abraço
ExcluirMuito bom o seu texto. Nos ajuda a passar mais protegido por está fase terrível.
ResponderExcluirObrigado pela atenção. Fico feliz pela sintonia. Grande abraço
ExcluirProf. Dr. Luiz Herminio, parabéns pela excelente e oportuna matéria esclarecedora, um bálsamo para todos nós. Deus lhe abençoe.
ResponderExcluirObrigado . Que bom que estamos em sintonia.Abracos
ExcluirTexto cirúrgico, toca na nossa alma e nos faz repensar o isolamento. Não estamos presos em casa, e sim protegidos. Não há mal que dure para sempre, palavras curam e o amor também. Beijos, Iris e Bento
ResponderExcluirIris e Bento, profundo e emocionante comentário. Obrigado pela atenção ao nosso texto. Obrigado.Abracos
ResponderExcluirEssa abordagem amplia nosso entendimento para além da enfermidade física para acessar as beneces do isolamento social para o autoconhecimento e a abertura para novos rumos.
ResponderExcluirGenial ,irmão !
Alaíde Herminia
Entender a
Obrigado Alaíde pela atenção. Grande abraço
ExcluirParabéns Dr Herminio, um belo texto para o momento que estamos passando.
ResponderExcluirProf. Jodnes Campus do Sertão
Obrigado Prof. Jodnes. Fico feliz com a sua atenção. Grande abraço
ExcluirEsta importante publicação, que acaba de fazer o Dr. Luiz Hermínio, nos mostra que ele ,apesar afastado do consultório, em nenhum momento se desligou da saúde física e emocional de seu grande número de pacientes que, por conta do isolamento social, está sem o seu atendimento presencial.
ResponderExcluirO artigo mostra também que ele não está alheio ao sofrimento da sociedade, amedrontada que está com a real ameaça do Corona Virus e, como se não bastasse, vítima do bombardeio constante de um jornalismo excessivamente priorizador das catástrofes que, infelizmente, garante altos níveis de audiência.
Sua explanação, feita na primeira pessoa do plural, sobre como funciona a mente e alma humanas, frente aos fenômenos que consciente e ou inconscientemente lhe são relevantes, chegou para mim como um bálsamo, um acalanto. Ouso dizer que ela na verdade é uma consulta médica oferecida a todos que tiverem a oportunidade de ler.
Dentro desta minha linha de pensamento , chego a conclusão de que a preocupação com o bem estar do próximo é uma forma normal, espontânea de ser e de agir dos “Hermínios”.
Somente para elucidar minha afirmativa, cito aqui a iniciativa de sua irmã, a homeopata Dra Angélica Hermínia que, logo no início desta pandemia, disponibilizou para seus pacientes, bem como autorizou o compartilhamento de uma prescrição homeopática visando preparar o organismo para um possível contato com o corona virus.
Assim, Dr. Luiz Hermínio, seguirei fielmente suas bem fundamentadas recomendações e agradeço
por mais este presente neste tempo de tanta insegurança que estamos vivenciando.
Obrigado Antonia Roza pelo abalizado comentário. Fico feliz pela sintonia. Abraços
ExcluirEstou extasiada com tamanha objetividade e conhecimento de causa.Esta família tem se mostrado fiel aos conhecimentos cientìficos . Parabéns
ResponderExcluirObrigado pela generosidade do elogio. Grande abraço estamos juntos.
ResponderExcluiryvjonjct
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